quarta-feira, março 24, 2004

Sobre os efeitos práticos da liberalização dos combustíveis

Qual não foi o meu espanto quando hoje, circulando perto do Estádio Alvalade XXI, verifiquei que os combustíveis voltaram a aumentar!!!! O gasóleo perto dos 74 cêntimos (aumento de quase 2 cêntimos) e as gasolinas ultrapassam já, todas, um euro!!

Estes são os efeitos práticos da política de liberalização dos combustíveis, em vigor há poucos meses. O benefício continua a ser todo do Estado, que garante a arrecadação da sua margem de impostos e das gasolineiras que, em cartel informal, ditam os preços. O consumidor que suporte o peso e o preço da liberalização.

Os aumentos têm sido semanais!!! Será possível? O preço do barril de petróleo tem aumentado, bem certo. Mas quando esse preço baixar nos mercados internacionais, será que as descidas dos preços reflectirão proporcionalmente essa tendência? Serão descidas também semanais???

Intervirá o governo ou ao Autoridade da Concorrência?

Talvez se deva esperar por essa altura para se reflectir com seriedade sobre a reversibilidade desta medida de liberalização.

Num mercado pequeníssimo como o português, a concorrência não produz os efeitos clássicos.

É suposto o benefício ser também do consumidor? Certo?