sábado, novembro 10, 2007

É só que tenho a dizer hoje.

terça-feira, setembro 19, 2006

Bento XVI e o Islão

Não se trata aqui de qualquer apologética do discurso do Papa que tanta polémica tem causado. Nem poderia ser, pois a discreta e eficientíssima diplomacia do Vaticano seguramente estudou todas as implicações e consequências de um discurso gizado ao pormenor. De todo o modo, para que se perceba um pouco mais da zona cinzenta onde deve estar o bom senso destas questões, talvez não seja despiciendo aludir aqui ao que o Papa BEntoXVI (ou o Cardeal Ratzinger?) disse, no seu próprio contexto.
O discurso foi proferi na semana passada para cientistas da Universidade de Regensburg, onde Ratzinger foi professor e vice-reitor enrte 1969 e 71. Nele examinava o impacto da filosofia grega na teologia cristã, em especial o conceito de razão e seu lugar na religião. No polémici parágrafo citado, o Papa fazia menção a um diálogo, no ano de 1391 aprox., entre o Imperador Manuel II Paleologus e um erudito persa sobre o Cristianismo e o Islão.
O imperador argumentava que a disseminação da fé através da violência, guerra santa ou jihad - como sugeria o profeta Maomé - é algo de irrazoável, pelo que «um acto que n seja conforme à razão é contrário à natureza de Deus».
Bento XVI assinalava que, enquanto esta noção era auto-evidente para o imperador crsitão, educada pela matriz da filosofia grega, não o era para alguns pensadores muçulmanos.
Serve isto para explicar a tese de que, em face desta proximidade entre o Cristianismo e a filosofia grega e seu conceito de razão, não é surpreendente que o Cristianismo tenha ocupado o lugar decisivo que teve na Europa.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Hezbollah utilizou material de guerra britânico

Óculos de visão nocturna e material de comunicação com a marca Made in Britain foram encontrados em bunkers no Sul do Líbano, segundo o The Times.

Afinal quem ganhou a guerra? Ou melhor dito, quem ganha com a guerra?
Vítor Baía
Diz João Braga, citado por um jornal:
  • «Se Scolari não conhece o Vítor Baía, o Ricardo também tem direito de não conhecer».
Ah fadista!

segunda-feira, agosto 21, 2006

Terrorismo

«A verdadeira preocupação de todas as conspirações terroristas foi sempre o impacto secundário dos ataques - deixar as democracias e as sociedades livres tão ansiosas por evitar novos ataques que comecem a erodir e a violar as próprias liberdades que os autores do terrorismo pretendem destruir».
Ronald Jacquard, especialista francês em terrorismo.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Why do only bad news make the headlines??
Duas interessantes notícias esta semana:
- a taxa de desemprego em Portugal registou um decréscimo de 5.2% em relação ao período homólogo do ano passado, uma tendência que se regista há já 3 meses consecutivos;
- a zona euro registou um crescimento de 0.9% no 2º trimestre de 2006, a taxa mais significativa nos últimos 6 anos.
  • Não ouvi isto a abrir noticiários, nem sequer uma pequena nota depois do boletim sobre o estado de saúde da Floribella.
  • Porque será que tenho a impressão que se as notícias fossem de sentido inverso (desemprego e recessão), estaria a ouvir falar disto há dias...?
  • Porque será que apenas as más notícias são notícias para quem tem o dever de informar?

terça-feira, agosto 15, 2006

Iraque - os danos colaterais à Humanidade
Um grupo de militares dos EUA em missão no Iraque violou uma rapariga de 14 anos. Em seguida, mataram a menina, sua irmã de 6 anos e seus pais.
«Estávamos a beber uns whiskies e surgiu a ideia de violar uma mulher e matar a sua família.»
Foi assim que um dos militares envolvidos confessou o crime de violação e quádruplo homicídio.
Há alguém que consiga perceber e explicar isto? Em nome de quê, de quem? Investidos de que poder?

sexta-feira, julho 21, 2006

Israel e o Líbano

Miguel Portas, deputado ao PE pelo BE, escreve um artigo no Público de ontem criticando as posições de José Manuel Fernandes sobre a actual situação no Médio Oriente. Não nos pronunciaremos sobre as críticas de um, nem sobre as posições de outro. Seen one, seem them all.
Destacamos apenas uma passagem, em que M. Portas cita Henry Siegman no Finantial Times:
«Israel existe. Que o Hamas o reconheça, ou não, nada acrescenta ou diminui ao que é irrefutável. Em contrapartida, 40 anos depois da guerra de 67, não existe ainda Estado palestiniano. A questão politicamente pertinente que se coloca é a de saber se Israel reconhece ou não o direito dos palestinianos a um Estado. E não o inverso.»
É uma perspectiva muito real de como devem ser vistas as coisas, para temperar os ânimos e incutir algum bom senso em todo este debate.